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Como utilizar o IGP-M em reajustes de contratos recorrentes

Desvende tudo sobre o Índice Geral de Preços - Mercado para empresas SaaS e gestores financeiros

Você vai aprender como o índice é calculado e quais outros fatores devem ser considerados no cálculo para reajustar valores de contratos recorrentes.

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Afinal, o que é o IGP-M?

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) é um indicador que existe desde os anos 1940. Ele apura as informações de variações de preços entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês vigente no momento da coleta.

O IGP-M é elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) e agrupa 3 outros índices em sua composição na seguinte distribuição:

  • 60%

    índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);

  • 30%

    Índice de Preços ao Consumidor (IPC);

  • 10%

    Índice Nacional de Custo de Construção (IPC);

Ou seja, o índice IPA é o que mais tem potencial de impactar no cálculo final do IGP-M, já que tem um peso maior. Ele acompanha a variação percebida por produtores de diversos segmentos.

Decifrando os índices que compõem o IGP-M

Como já falamos, ele é composto por três outros índices, o IPA, o IPC e o INCC. Cada um deles têm suas especificidades e mostram como cada setor econômico e estágio de consumo se comporta em relação a preços.

Para entender o IGP-M melhor e saber qual a melhor forma de utilizá-lo, é preciso olhar no detalhe:

Este agrupa tudo por origem, estágio e séries especiais:

  • Estágios: Matérias-Primas Brutas, Bens Intermediários, Bens Finais.

  • Origem: Produtos Agropecuários, Produtos Industriais.

  • Séries especiais: Bens Finais, Bens Intermediários

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é utilizado para medir a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias com nível de renda situado entre 1 e 33 salários mínimos mensais.

Sua pesquisa de preços é desenvolvida diariamente. As oito classes de despesa são:

  • Alimentação;

  • Habitação;

  • Vestuário;

  • Saúde e cuidados pessoais;

  • Educação, leitura e recreação;

  • Transportes;

  • Despesas diversas;

  • E por último, comunicação.

No cálculo, são consideradas as variações dos preços de varejo e para os serviços. É o índice mais próximo das famílias, sendo impactado pelo IPA, também, que representa os produtores por atacado.

Este indicador reúne as variações de preços para:

  • Materiais;

  • Equipamentos e Serviços;

  • Mão de Obra.

Ele tem o menor impacto no IGP-M, já que representa apenas 10%, mas ainda assim é essencial para acompanhar, já que representa os custos de infraestrutura.

Este índice é importante para negócios que estejam relacionados ao setor de construção, como incorporadoras de imóveis, imobiliárias e prestadores de serviços em geral do segmento.

Como utilizar o IGP-M?

O IGP-M é amplamente utilizado para reajustar tarifas de serviços públicos, como energia e telefonia, compondo os parâmetros de cada setor. Ou seja, tem impacto parcial nestes valores.

Ele é frequentemente citado em contratos de outros serviços e produtos público-privados, sendo uma forte referência no mercado. Os índices que compõem o IGP-M também podem ser utilizados separadamente.

Qual o melhor índice para reajustes de contratos SaaS?

  • IGP-M

    Esse índice já é bem consolidado para muitos contratos recorrentes de serviço, sendo possível acrescentar cláusulas que tratem de renegociação em caso de flutuações altas demais ou que levem o indicador a valores negativos.

    Pode-se utilizar o número consolidado ou os índices que compõem o IGP-M isolados, de acordo com o segmento de mercado.

    No caso de empresas SaaS, é preciso analisar bem os estágios de produção e consumo. Porém, para os setores de tecnologia e comunicação, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) pode ser um bom começo.

  • IPCA

    O IPCA é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele engloba uma grande parcela da população, mostrando a variação de custos para famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos.

    O cálculo é feito a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POE), que mostra o quanto dos rendimentos dos cidadãos é destinado a produtos e serviços básicos, como alimentação, moradia, educação, transporte, saúde e lazer.

    Ele é utilizado pelo governo federal como índice oficial de inflação no Brasil, sendo base para outras medidas econômicas, como alterações dos juros.Este índice pode ser uma alternativa nos reajustes individuais no planejamento orçamentário do condomínio, caso o IGP-M não seja o ideal no momento. Mas, atente-se: assim como os demais, ele também pode ficar negativo.

    Ele é utilizado pelo governo federal como índice oficial de inflação no Brasil, sendo base para outras medidas econômicas, como alterações dos juros.

    Este índice pode ser útil para reajustes se observado bem as tendências do mercado e o ticket médio obtido ao longo do período de contrato. Assim como os demais, ele também pode ficar negativo, cabendo cláusula no contrato para tratar desses casos.

O que dizem os especialistas?

Independente do índice utilizado, existem pontos importantes no cálculo de reajustes de contratos. Veja quais são eles:

O que considerar ao escolher um índice econômico?

O melhor índice econômico para precificar e reajustar contratos é o que mais se encaixe com os seus segmentos de negócios. Por isso, entender bem o que cada um deles mede e quais produtos fazem parte do cálculo é importante para escolher a referência mais assertiva possível.

Atenção à precificação do produto

O primeiro é ter uma boa precificação do seu produto, de forma a evitar distorções que forcem a gerar reajustes posteriores muito acima do esperado. Carlos Cêra, cofundador e CEO da Superlógica, explica que “o desafio da precificação é aumentar o ticket médio sem reduzir o volume de vendas. Se pensar dessa forma, vai conseguir abrir mão de um falso ‘senso de justiça’, aumentar sua lucratividade e criar políticas mais simples”.

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